Uma mudança importante vai impactar milhões de brasileiros que dependem do INSS para pedir, manter ou revisar benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílios e BPC.
A partir de 1º de janeiro de 2028, apenas a Carteira de Identidade Nacional (CIN) será aceita como documento oficial com biometria válida nos processos previdenciários.
Na prática, isso marca o fim definitivo do RG tradicional no relacionamento com o INSS. A medida faz parte do novo modelo nacional de identificação e tem como objetivo principal reduzir fraudes e aumentar a segurança no pagamento dos benefícios.
O que é a Carteira de Identidade Nacional (CIN)
A CIN é o novo documento de identidade unificado em todo o Brasil. Ela utiliza o CPF como número único, substituindo o antigo RG estadual.
Entre os principais recursos da nova identidade estão:
Biometria integrada
QR Code para validação imediata
Versão digital com autenticação oficial
Padrões elevados de segurança
Compatibilidade com sistemas nacionais
Esse conjunto torna a CIN o documento mais seguro atualmente adotado pelo governo brasileiro.
Por que o governo decidiu exigir a CIN no INSS
A exigência da nova identidade está prevista no Decreto nº 12.561, que estabeleceu um novo protocolo nacional de identificação.
Segundo o governo, fraudes previdenciárias geram prejuízos bilionários todos os anos. Golpes com documentos falsos, identidades duplicadas e uso indevido de dados são problemas recorrentes.
Com a biometria integrada da CIN, o INSS passa a ter mais controle sobre:
Quem solicita o benefício
Quem movimenta valores
Quem realiza prova de vida
Quem acessa serviços digitais
O objetivo é garantir que o benefício chegue apenas a quem realmente tem direito.
Como será a transição até 2028
A mudança não acontecerá de forma abrupta. O governo definiu um cronograma gradual para adaptação dos segurados.
Desde novembro de 2025
Desde 21 de novembro de 2025, novos pedidos ao INSS já exigem biometria válida, que pode ser comprovada por:
Carteira de Identidade Nacional (CIN)
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Título de Eleitor com biometria
A partir de maio de 2026
Desde 1º de maio de 2026, quem não tiver biometria registrada em nenhum desses documentos será obrigado a emitir a CIN antes de solicitar benefícios.
A partir de janeiro de 2028
Em 1º de janeiro de 2028, a regra se torna definitiva.
Somente a Carteira de Identidade Nacional será aceita como documento biométrico válido pelo INSS, tanto para:
Novos pedidos
Revisões de benefícios
Manutenção de benefícios ativos
Como ficam aposentados e pensionistas que já recebem
Quem já recebe aposentadoria ou pensão não terá o pagamento bloqueado automaticamente por não possuir a nova identidade.
O INSS informou que:
Não haverá suspensão imediata de benefícios
O segurado será notificado previamente, se houver necessidade de atualização
Será concedido prazo razoável para emissão da CIN
Ou seja, não existe risco de corte automático apenas pela falta do documento.
Quem está dispensado temporariamente da biometria
O governo também estabeleceu exceções para evitar prejuízo a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Estão dispensados, temporariamente, da exigência biométrica:
Pessoas com mais de 80 anos
Pessoas com dificuldade de locomoção
Moradores de áreas remotas, como regiões atendidas pelo PREVBarco
Migrantes, refugiados e apátridas
Brasileiros residentes no exterior
Além disso, até 30 de abril de 2026, há dispensa para pedidos de:
Salário-maternidade
Pensão por morte
Benefício por incapacidade temporária
O que muda na prática para o segurado do INSS
Na prática, a exigência da CIN representa uma modernização profunda do sistema previdenciário.
Entre os efeitos esperados estão:
Redução de fraudes e golpes
Menos uso de documentos falsificados
Atendimento mais rápido
Menor necessidade de comparecimento presencial
Mais segurança em serviços digitais
Mesmo sem urgência imediata, emitir a nova identidade antes de 2028 evita filas, atrasos e problemas futuros com o INSS.
