Erros nos dados do INSS são mais comuns do que se imagina e podem reduzir o valor do benefício ou até impedir a concessão da aposentadoria.
Essas falhas geralmente acontecem por omissão de vínculos, contribuições registradas incorretamente ou informações desatualizadas no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).
Neste guia, você vai aprender como identificar e corrigir informações erradas no INSS para garantir que seu tempo de contribuição e o valor do benefício estejam corretos.
O que é o CNIS e por que ele é importante?
O CNIS é o banco de dados que reúne todas as informações da vida profissional do segurado, como:
Períodos de contribuição;
Salários de contribuição;
Empregadores e vínculos formais;
Contribuições como autônomo ou facultativo;
Períodos de benefício recebidos anteriormente.
Esse cadastro serve de base para o cálculo das aposentadorias e auxílios, por isso é fundamental mantê-lo correto e completo.
Quais são os erros mais comuns no CNIS?
Entre os erros mais frequentes estão:
Faltam vínculos empregatícios, principalmente antigos;
Datas de entrada ou saída incorretas;
Contribuições como autônomo não registradas;
Empregadores que não repassaram as contribuições ao INSS;
Valores de salários divergentes dos recibos originais;
Duplicidade de registros ou vínculos inexistentes.
Essas falhas podem diminuir o tempo de contribuição ou reduzir o valor da aposentadoria, caso não sejam corrigidas.
Como identificar erros no seu cadastro?
Você pode verificar seus dados diretamente no Meu INSS, de forma rápida e segura.
Siga o passo a passo:
Acesse meu.inss.gov.br ou o aplicativo Meu INSS;
Faça login com sua conta Gov.br;
No menu principal, clique em “Meu Cadastro” ou “Extrato de Contribuição (CNIS)”;
Confira se todos os seus empregos, períodos e salários estão corretos;
Se encontrar divergências, anote o erro e separe os documentos que comprovem as informações corretas.
Como corrigir erros no CNIS?
Para corrigir os dados, é preciso apresentar documentos que comprovem o vínculo ou as contribuições.
Os principais são:
Carteira de Trabalho (CTPS) com registro de admissão e saída;
Contracheques ou holerites;
Comprovantes de recolhimento do INSS (GPS) para contribuintes individuais;
Declarações de Imposto de Renda com rendimentos do período;
Contrato de trabalho ou ficha de registro do empregador;
Comprovante de atividade rural, quando aplicável.
Com esses documentos em mãos, faça o pedido de “Atualização de Vínculos e Remunerações” no próprio Meu INSS.
Passo a passo:
No Meu INSS, clique em “Novo Pedido”;
Digite “Atualização de Vínculos” na busca e selecione a opção correspondente;
Anexe os documentos digitalizados;
Envie o pedido e acompanhe o andamento pela aba “Meus Pedidos”.
O que fazer se o pedido for negado?
Se o INSS negar a atualização, ainda é possível:
Apresentar recurso administrativo no próprio Meu INSS, dentro do prazo indicado na decisão;
Solicitar revisão do benefício, caso o erro tenha impactado no valor;
Procurar um advogado previdenciário, especialmente se houver documentação suficiente para comprovar o direito.
Muitos casos só são corrigidos após recurso no Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) ou ação judicial.
Como evitar novos erros?
Verifique o CNIS anualmente;
Guarde cópias de documentos trabalhistas e comprovantes de recolhimento;
Atualize dados pessoais (nome, endereço e telefone) no Meu INSS;
Evite perder prazos de contestação;
Sempre verifique o extrato após o início de um novo vínculo de trabalho.
Manter o cadastro atualizado evita problemas no futuro e garante que nenhum período de contribuição seja perdido.
Corrigir erros no INSS é essencial para garantir que o trabalhador receba o benefício justo e sem atrasos.
Um simples erro no CNIS pode comprometer anos de contribuição e até reduzir o valor da aposentadoria.
Por isso, é importante acompanhar o extrato periodicamente e agir o quanto antes ao perceber qualquer inconsistência.
